O Comitê de Operações Emergenciais de Combate a Covid-19 (COE) recomendou, nessa segunda- feira (31), a suspensão de eventos públicos e privados de carnaval durante o mês de fevereiro no Piauí. A orientação está sendo avaliada pelo Governo do Estado, que antecipou a publicação de um decreto com medidas mais rígidas para evitar a proliferação dos casos.
Governador do Piauí, Welligton Dias (PT), durante reunião com o Comitê de Operações Emergenciais para Covid-19 (COE) — Foto: Divulgação Governo do Piauí
Segundo o membro do COE e pesquisador do Núcleo de Estudos em Saúde Pública da Universidade Federal do Piauí, o professor doutor Emídio Matos, a recomendação também é uma forma de priorizar a abertura de escolas e o retorno de aulas presenciais em todo o estado.
“O entendimento geral é que é preciso preservar as escolas abertas e, pra que a gente consiga fazer isso, precisamos de medidas rígidas nas outras áreas. A recomendação, de maneira geral, é que festas fiquem proibidas nas próximas semanas, qualquer tipo de festa”, informou.
Emídio destacou que, durante a reunião do COE, não houve indicação para o fechamento de bares e restaurantes, no entanto, os estabelecimentos não devem organizar festas de pré-carnaval e carnaval.
“A recomendação é que os bares e restaurantes continuem funcionando, mas sem nenhum tipo de festa. Se você quer ir para um bar, para um restaurante, escolha um que tenha um ambiente aberto. Ambiente fechado, neste momento, não é o melhor lugar para que qualquer um de nós possa estar”, informou o pesquisador.
O governador Wellington Dias (PT) confirmou que um novo decreto, com medidas mais duras, pode ser lançado ainda esta semana.
“Neste instante estamos aprovando novas medidas no sentido de garantir de forma preventiva menos propagação do coronavírus. Garantir com isso as condições de estabilidade mesmo que seja uma estabilidade em alta. No Brasil, vivemos um novo recorde de óbitos e de crescimento. Portanto no Piauí, temos que lidar preventivamente. O objetivo é salvar vidas”, disse o governador do Piauí.
Fonte: G1/PI