Novela “Avenida Brasil” fatura cerca de 1 bilhão de dólares retratando seu público

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Fenômeno de audiência chega ao fim e bate o recorde comercial da história da TV no país

Divulgação

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Se milhões de pessoas no Brasil se preparam para votar no segundo turno das eleições para prefeito em cidades importantes como São Paulo, além de estarem às vésperas do tão aguardado veredito sobre escândalo conhecido como “mensalão”, seria de se supor que política seria o assunto mais quente de ontem (19) entre os brasileiros.

Não é o caso. O que tomou conta do país eram perguntas como: “Qual ser· o fim de Carminha?” e “Quem matou Max?”, por conta do final de “Avenida Brasil”. Voltada para a nova classe C, o folhetim se tornou um fenômeno ao centrar a trama em personagens do subúrbio do Rio e Janeiro, feito inédito na TV brasileira.

Com uma audiência média de 46 milhões de espectadores e 65% de share, o fim de “Avenida Brasil” levou ao temor até de um possível apagão durante a exibição do último capítulo. Por conta do aumento do consumo elétrico um dia antes, durante a novela, haveria uma preocupação de que as companhias de energia não conseguissem atender à demanda.

Na Globo, porém, não havia temores. “Avenida Brasil” bateu o recorde de publicidade e se tornou a novela mais lucrativa da história no país. Com dúzias de grandes anunciantes, como a P&G, o folhetim rendeu cerca de US$ 500 milhões em seus sete meses de exibição.

Considerando as mais de 500 propagandas comercializadas pelo total de emissoras afiliadas, o faturamento de “Avenida Brasil” chegou perto de US$ 1 bilhão, segundo levantamento exclusivo de FORBES. Uma quantia sem precedentes não só no país como na América Latina. Um lucro formidável visto que uma novela de 180 capítulos custa cerca de US 22,5 milhões para ser produzida.

É claro que houve outras tramas de sucesso antes de “Avenida Brasil”, mas nada como essa. Especialistas afirmam que a escolha da Globo em levar ao ar personagens que representam sua audiência foi determinante para isso. “As novelas brasileiras sempre mostraram o subúrbio desde os anos 1970 e 1980. A diferença foi colocar como protagonista a nova classe C”, explica Heloisa Buarque de Almeida, professora de antropologia da USP. “É a camada social que mais cresce economicamente desde o governo Lula, e ela está consumindo muito mais agora.”

A análise faz sentido. Com o crescimento econômico brasileiro, o crédito facilitado e os programas de transferência de renda, 35 milhões de pessoas chegaram a classe média. Um fato que não escapou da atenção dos marqueteiros, sempre ansiosos por mais consumidores. Prova disso foi o grande número de propagandas de TVs flat, telefones celulares e refrigeradores exibidas durante “Avenida Brasil”.
O fenômeno contradiz a crença de executivos de TV de que o público pede grandes acontecimentos ou reviravoltas nas tramas a que assistem. Aparentemente, ele quer apenas se ver na novela.
Depois deste grandioso sucesso a rede Globo investe agora com a nova novela que terá inicio hoje (22/10) Salve Jorge.

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