O Memorial aos pescadores construído em 2011 com ferro cru está recebendo tinta azul em algumas partes de sua estrutura.
O memorial ao Pescador, obra de arte localizada às margens do Rio Parnaíba, no complexo Ribeirinha em Luzilândia, assinada pelo artista plástico Hostyano Machado, está sendo restaurada pela gestão do Prefeito Ronaldo Gomes, mas um detalhe na obra tem recebido bastantes críticas por descaracterizar a arte original. A obra construída com ferro cru está recebendo tinta azul em algumas partes de sua estrutura. A Colônia de Pescadores de Luzilândia emitiu Nota de Repúdio as alterações, para eles, “grotescas” feitas no Monumento.
O Memorial aos pescadores foi construído em 2011, na gestão da ex prefeita Janainna Marques, e recebeu o nome de Antônio de Paulo Oliveira, ex-presidente da Colonia de Pescadores Z12, como forma de homenagear a classe representativa de parte da economia local. A obra foi idealizada para representar a cultura da pesca que é forte, ligada às raízes locais.
Na Nota emitida pela Colônia de Pescadores, eles destacam o desrespeito ao artista Hortyano e aos homenageados. A nota ainda ressalta o uso da cor azul, usada na campanha e como símbolo da atual gestão de Ronaldo Gomes, o que caracteriza um gosto pessoal, em uma Administração Pública, ferindo, assim, o principio da impessoalidade.
Em Nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura respondeu à Colônia de Pescadores desqualificando sua Nota de Repúdio, afirmando que como a obra de arte é de natureza pública a gestão atual teria “direito” em fazer as cabíveis restaurações, inclusive modificar a obra original, visto que, segundo eles, obras públicas sejam municipais, estaduais e até federais, levam muitas vezes as cores das gestões vigentes. Mas isto não desrespeita a ideia e o valor do memorial, nem tão pouco demonstra um jogo de vaidade da gestão ou do seu gestor como julgado no documento publicado (sic).
“Repudio de forma veemente o descaso com o povo de Luzilândia protagonizado pela atual gestão do nosso querido município. Fico triste ao ver a obra artística assinada pelo artista plástico Hostyano Machado, inaugurada por mim quando prefeita em 2011 sendo descaracterizada pela atual gestão. O nosso pescador foi idealizado para representar a cultura da Pesca que é forte, ligada às nossas raízes, porém a atual gestão prefere não levar isso em consideração, prefere colocar à frente interesses meramente pessoais ao pintá-la com cores partidárias, esquecendo, ainda, que um dos princípios basilares da administração pública é a impessoalidade. Não vamos permitir que essa atitude fique impune” Manifestou a deputada estadual Janaínna Marques em sua pagina no facebook.
Para o advogado Gilberto Jr. personificar os prédios públicos e monumentos, utilizando-se da cor azul, uma cor de campanha, fere o artigo 37, caput, da Constituição Federal, em seu princípio da impessoalidade, uma vez que as cores oficiais ostentadas na bandeira do município de Luzilândia, são: amarelo, branco e verde.
“Nada haver, primeiro a mudança da prefeitura patrimônio histórico da nossa cidade que inclusive está até com as obras paradas já a mês com o dinheiro possivelmente sendo utilizada para outros fins que não tem haver com o município, depois uma série de pinturas com as cores do seu governo azul nos prédios públicos municipais coisa que não influi em nada para nossa cidade só gasto do dinheiro publico, depois a aprovação da mudança do nome da rodoviária, aumento da taxa de iluminação publica dinheiro esse arrecadado que todo mundo imagina para onde vai, para mim o gestor tá mais perdido que cego em tiroteio” Publicou um internauta em sua rede social.
Nas redes sociais as críticas são muitas ao ato e se estende às grandes pedras localizadas na região e aos canteiros da Praça de Santa Luzia que estão sendo pintados de azul. A população se divide em prol e contra o ato, a maioria dos prós são pessoas que apoiam o atual gestor, mas existe também quem, mesmo tendo o apoiado em campanha, critique o ato. Veja a obra antes e depois :
Fonte: Com informações do Clica Luzilândia, editado.
