Localizado no município de Luzilândia, Norte do Estado do Piauí, o Assentamento Palmares inaugurou nesta quinta-feira (25/11), um viveiro agroecológico. O projeto teve à frente a juventude do MST faz parte do plano nacional de plantio de árvores, no local serão produzidas mudas para reflorestamento, criar espaços dentro dos territórios da reforma agrária e nos centros urbanos, e gerar renda para manter a juventude no campo.
Ildener Pereira, líder comunitária explica que o Nordeste foi comtemplado com dois viveiros, uma na Bahia e outro no Piauí, este último no Assentamento Palmares, em Luzilândia. “A ideia do viveiro envolveu toda uma mística entorno da mobilização e da discussão, um desafio para a juventude, porque não é uma tarefa fácil, ainda na ocasião fizemos uma homenagem para dona Nuci, uma pessoa muito importante durante o nosso processo de luta lá no inicio, uma homenagem pensada com muito carinho”, comenta Ildener.
A inauguração do viveiro fez parte da programação em comemoração aos 24 anos do MST em Luzilândia e contou com autoridades municipais e estaduais, além de familiares de Dona Nuci, morada do Assentamento que teve seu nome lembrado numa homenagem. “Nessa comemoração dos 24 anos a gente está vivendo um momento diferente, estamos saindo de um período pandêmico, o que é muito difícil e só o fato da gente estar aqui celebrando já é uma conquista muito grande”, comemora Ildener.
Para a primeira parte do projeto, o viveiro recebeu mudas de árvores diversas, nativas e frutíferas, doadas pelo Instituto Federal do Piauí, um solicitação da secretária de Agricultura do Município. O secretário de Agricultura Cristóvão Rodrigues, enfatizou a parceria entre a prefeitura. “Estamos satisfeitos com essa parceria que a gente está firmando com o Instituto Federal do Piauí, através do polo de José de Freitas, temos muito a ganhar com isso, é a agricultura recebendo apoio deste grande órgão agrícola do estado, que através de uma solicitação nossa, estamos doando uma variedade de mudas e plantas frutíferas da região”.
Além do plantio das mudas, o projeto tem como objetivo a função educadora junto às famílias assentadas, prevendo intervenções nas escolas dos territórios de atuação, além de parcerias com demais organizações que tenham atividades ligadas à educação ambiental e à preservação dos recursos naturais. Como uma forma de resistência e luta pela terra, pois as famílias sem terra também auxiliarão nos plantios, e a estimativa é que a comunidade local comece a colher os primeiros frutos do trabalho coletivo daqui alguns anos. “O viveiro é um espaço de reprodução de conhecimento, de reprodução de valores, de reprodução de vidas, e isso é muito importante pra gente, por conta de tudo isso fizemos essa homenagem, porque é algo muito simbólico, é a colheita do nossos frutos, do que a gente plantou durante esses 24 anos”, ressalta Ildener.
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