A inteligência é uma qualidade difícil de definir, mas ainda sim fácil de ser identificada.
Já houve várias tentativas de se quantificar a inteligência, mas só percebemos alguns padrões que podem ligar a inteligência a certas características. Estão listadas aqui dez características comumente encontradas em pessoas inteligentes. A relação exata entre esses fatores pode ser difícil de julgar, então não se sinta superior se estiver enquadrado em algumas das categorias abaixo:
O cérebro tem dois hemisférios, que fazem basicamente a mesma coisa, mas sempre existe um lado um pouco mais dominante que o outro. É por isso que você (assim como outros mamíferos) tem uma mão para escrever. Alguns estudos ligam a preferência pela esquerda à inteligência, pois canhotos tendem a obter maiores pontuações em testes de QI, e ainda costumam terminá-los mais rapidamente que destros.
Outros estudos, contudo, mostram que os canhotos possuem uma variação maior de QI, o que faz com que eles estejam mais representados tanto entre os altamente inteligentes quanto pela parcela da população menos favorecida intelectualmente.
O psicólogo evolucionista Satoshi Kanazawa encontrou neste ano uma ligação pequena, porém considerável, entre homossexualidade e inteligência. A característica se mostrava mais intensa se o indivíduo tivesse tido diversos parceiros do mesmo sexo, pois estes obtinham pontuações mais altas nos testes.
Sastoshi sugere que a homossexualidade pode ser um reflexo da curiosidade, que, por sua vez, é uma precursora (ou acompanhante) da inteligência. Outros sugerem que a homossexualidade aumenta a inteligência porque crianças que sofreram bullying por gostarem de pessoas do mesmo sexo podem acabar perseguindo áreas intelectuais, de maneira a se destacarem em alguma coisa em que sejam mais bem aceitas.
O fato de você ser mais novo ou mais velhos que seus irmão pode determinar seu desempenho em um teste de QI. Os primogênitos tendem a ser mais inteligentes, e a pontuação vai caindo conforme os irmãos mais novos vão sendo avaliados. Não se sabia se isso se devia a condições pré-nascimento da mãe ou se isso era por algum fator social pós-natal, mas estudos mais recentes mostraram que o principal fator determinante para o QI é a maneira como as crianças são tratadas em suas famílias, e não a ordem de nascimento.
Em famílias nas quais o primogênito morre, por exemplo, o segundo filho costuma vivenciar um aumento em sua inteligência como se fosse o primeiro filho.
Muitos já estudaram a ligação entre QI e religiosidade, tanto em indivíduos específicos quanto em sociedades inteiras. A média de QI varia entre países, e aqueles com altas taxas de ateus em suas populações tendem a conseguir resultados maiores nos testes.
Mas foram necessários estudos em indivíduos, já que outros fatores poderiam influenciar nesses resultados. Em 2008, uma pesquisa examinou a relação das crenças religiosas com a inteligência e constatou que ateus geralmente conseguiam as maiores pontuações, seguidos pelos agnósticos, os liberais, e, por último, os fundamentalistas.
O dr. Aikarakudy Alias conduziu um estudo em homens que ligou pelos à inteligência. Mas ele não focou no QI, mas sim nos níveis de educação, e percebeu que pessoas que estudavam ou eram graduadas tinham mais pelos do que aqueles que faziam trabalhos braçais.
Da mesma forma, os estudantes mais brilhantes eram mais peludos que os que tiravam notas baixas. O estudo focou apenas em pelos do tronco, mas o trabalho correlacionou a presença de pelos nas costas à inteligência masculina.
No caso das mulheres, ainda não houve nenhum estudo sistemático.
Ernest Hemingway costumava dizer que “felicidade em pessoas felizes é uma das coisas mais raras que conheço”.
Ele cometeu suicídio, então poderíamos até dizer que sua reflexão faz sentido. Por um tempo, acreditava-se que fazia mesmo, pois se pensava que um QI alto estava ligado à depressão e baixo astral. Neste ano, contudo, um estudo britânico mostrou o contrário. E, novamente, isso poderia ser causado por características ligadas à inteligência e não inteligência por si só.
Assim, como a inteligência, a excentricidade é difícil de ser determinada e medida. Basicamente, ela é vista como o ato de se comportar de maneira estranha do ponto de vista das normas sociais, mas um comportamento que não faz mal ao indivíduo.
Algumas evidências (muitas anedóticas) ligam a criatividade dos intelectuais à sua tendência a serem excêntricos, mas ela também atinge os acadêmicos. Montaigne uma vez escreveu que a “obsessão é a fonte da genialidade e loucura”. Talvez seja esta obsessão que dê a excentricidade a uma pessoa e, consequentemente, a inteligência.
Alguns estudos acompanharam crianças britânicas conforme elas cresciam, medindo algumas de suas características, para que vários traços pudessem ser correlacionados à inteligência.
Um desses estudos tentou ligar o consumo de álcool à inteligência, e descobriu que você poderia prever o nível de consumo de álcool de alguém ao observar a sua inteligência na infância. E, por incrível que pareça, as crianças mais inteligentes tinham mais chances de serem ávidas consumidoras de bebidas alcoólicas mais tarde. Um estudo similar encontrou os mesmos resultados nos EUA.
A loucura foi ligada à inteligência desde muito antigamente. Hoje, o termo loucura não é mais aceito para descrever alguma coisa, mas a relação entre doenças mentais com a inteligência continua sendo alvo de estudos de neurocientistas e psicólogos.
Um estudo sueco, por exemplo, comparou o desempenho de alunos e suas saúdes mentais anos mais tarde. Aqueles que tinham pontuações maiores eram quatro vezes mais propensos a desenvolverem transtorno bipolar quando começavam a envelhecer.
Um estudo muito recente analisou o número de prêmios Nobel para cada dez milhões de pessoas em uma população nacional, e o consumo de chocolate naquele país.Correlação não implica em causa, ou seja, se uma ligação entre dois fatores aparentemente isolados é sugerida, é preciso pensar em qual é exatamente esta ligação.
O gráfico mostrou então que havia uma ligação muito grande e estatisticamente considerável entre os dois fatores. Consumir chocolate, portanto, pode não ser lá tão maléfico para o cérebro – o que não quer dizer que você será o próximo indicado ao prêmio só por consumir toneladas de barras por ano.
Fotos e fonte(Dong noticias)