Dia Mundial da Água


Mais de 70% da superfície do planeta estão cobertos por água e o
corpo humano tem, aproximadamente, 75% do líquido em sua composição.
Ainda assim, devido à poluição e mudanças climáticas, ela é um bem que
já está em falta em vários lugares do mundo. E a tendência é de que este
quadro piore.

Por isso, para conscientizar a população mundial sobre o assunto,
hoje celebramos o Dia Mundial da Água. Esta data é importante para que a
sociedade como um todo reflita sobre o uso inadequado da água, o
desperdício e riscos de contaminação de rios e lençóis freáticos.

Na prática, o uso consciente da água não trará apenas benefícios em
longo prazo, mas imediatos. Isso porque a preservação dos mananciais e
outras fontes garante saúde para toda a população, uma vez que a falta
de água potável e de saneamento básico adequado são facilitadores para
transmissão de doenças e epidemias.

Pequenas atitudes na nossa casa podem ser o ponto de partida para a preservação desse precioso bem. Na seção sustentabilidade
do Blog Vale Saúde, você encontra muitas dicas sobre o uso consciente
da água. Compartilhe essas ideias com seus amigos e ajude a construir um
mundo melhor e com mais saúde.
Brasília – A cada 15 segundos, uma criança morre de doenças
relacionadas à falta de água potável, saneamento e condições de higiene
no mundo, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Todos os anos, 3,5 milhões de pessoas morrem no mundo por problemas
relacionados ao fornecimento inadequado da água, à falta de saneamento e
à ausência de políticas de higiene, segundo representantes de outros 28
organismos das Nações Unidas, que integram a ONU-Água.
No
Relatório sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, documento que a
ONU-Água divulga a cada três anos, os pesquisadores destacam que quase
10% das doenças registradas ao redor do mundo poderiam ser evitadas se
os governos investissem mais em acesso à água, medidas de higiene e
saneamento básico.
As doenças diarreicas poderiam ser praticamente
eliminadas se houvesse esse esforço, principalmente nos países em
desenvolvimento, segundo o levantamento. Esse tipo de doença, geralmente
relacionada à ingestão de água contaminada, mata 1,5 milhão de pessoas
anualmente.
No Brasil, dados divulgados pelo Ministério das
Cidades e pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico,
mostram que, até 2010, 81% da população tinham acesso à água tratada e
apenas 46% dos brasileiros contavam com coleta de esgotos. Do total de
esgoto gerado no país, apenas 38% recebiam tratamento no período.

poucos dias, a organização da sociedade civil Trata Brasil divulgou
levantamento que confirma a relação entre a falta de saneamento e acesso
à agua potável e os problemas de saúde que afetam principalmente as
crianças. O Ranking do Saneamento levantou a situação desse serviço nas
100 maiores cidades do país, considerando a parcela da população
atendida com água tratada e coleta de esgotos, as perdas de água,
investimentos, avanços na cobertura e o que é feito com o esgoto gerado
pelos 77 milhões de brasileiros dessas localidades (40% da população
brasileira).
O levantamento mostrou que a política em ‘grande
parte das maiores cidades do país avança, mesmo lentamente, nos serviços
de saneamento básico, sobretudo no acesso à água potável, à coleta, ao
tratamento dos esgotos e à redução das perdas de água’. Os pesquisadores
destacaram, porém, que existe um número expressivo de municípios de
grande porte que não avançaram nesses investimentos.
De acordo com
os pesquisadores, do volume de esgoto gerado nas 100 cidades, somente
36,28% são tratados, ou seja, apenas nas cidades analisadas, quase 8
bilhões de litros de esgoto são lançados todos os dias nas águas sem
nenhum tratamento. ‘Isso equivale a jogar 3.200 piscinas olímpicas de
esgoto por dia na natureza’.
Os órgãos das Nações Unidas apontam
que, no mundo, o despejo de 90% das águas residuais em países em
desenvolvimento – em banhos, cozinha ou limpeza doméstica – vão para
rios, lagos e zonas costeiras e representam ameaça real à saúde e
segurança alimentar no mundo.
Pelo ranking da Trata Brasil, o
índice médio em população atendida com coleta de esgoto nas 100 cidades
pesquisadas pela organização foi 59,1%. A média do país, registrada em
2010, era 46,2%. A boa notícia é que 34 cidades apresentaram índice de
coleta de esgoto superior a 80% da população e apenas cinco municípios
(Belo Horizonte, Santos, Jundiaí, Piracicaba e Franca) tinham 100% da
coleta de esgoto em funcionamento.
Trinta e dois municípios se
encontram na faixa de zero a 40% de coleta e 34 cidades têm entre 41% e
80% da cobertura de coleta de esgoto. ‘Ou seja, na maioria dos
municípios analisados ainda está distante a universalização dos serviços
de coleta de esgoto’, destaca o estudo.
A análise da organização
não governamental destacou que vários fatores influenciam na ocorrência
das diarreias, como a disponibilidade de água potável, intoxicação
alimentar, higiene inadequada e limpeza de caixas d'água. O
estudo mostrou a relação direta entre a abrangência do serviço de
esgotamento sanitário e o número de internações por diarreia. De acordo
com o levantamento, em 2010, em 60 das 100 cidades pesquisadas os baixos
índices de atendimento resultaram em altas taxas de internação por
diarreias
Nas 20 melhores cidades em taxa de internação (média de
17,9 casos por 100 mil habitantes), a média da população atendida por
coleta de esgotos era 78%, enquanto nas dez piores cidades em
internações por diarreia (média de 516 casos por 100 mil habitantes), a
média da população atendida por coleta de esgotos era somente 29%.
Fonte: Agência Brasil

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