Setembro Amarelo: Mês dedicado a valorização da vida

O mês de setembro é dedicado a promoção de eventos que abram espaço para debates sobre suicídio, além de divulgar o tema e alertar a população sobre a importância de sua discussão.

A dona de casa Olga Maria*, de 54 anos, por três vezes, tentou se matar. A angústia que a afligia, atormentava-a a ponto de levar a um sofrimento intenso, imensurável. Ela não via outra alternativa. À época, com pouco mais de 16 anos, aquela adolescente não percebia, e nem os pais, que precisava de cuidados e de assistência psicossocial. “Não tinha esse entendimento. Me sentia frágil. Somente com o casamento e o nascimento dos meus filhos, me fortaleci. Eles foram minha rede de proteção, assim como hoje os meus netos, que são os meus tesouros, me mantém viva e mostrando que vale muito a pena viver”, declara, afirmando que busca manter a saúde mental, com acompanhamento médico e psicológico, além de desenvolver atividades físicas.

“Foi fácil? Não. Doía na alma. Me sufocava. As pessoas não me entendiam. Aos poucos, com a ajuda do meu esposo e de acompanhamento médico, fui melhorando, vendo outras alternativas. Voltei a sorrir pra vida”, afirma, emocionada.

Histórias como essa são vivenciadas todos os dias, no intimo de cada pessoas se esconde um universo infinito de possibilidades. Que estigmas sejam rompidos e que o tema suicídio seja posto em diálogos nas escolas, no ambiente de trabalho, tendo a informação como poderosa estratégia para valorização da vida.

E nesse 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, este blog traz a tona o assunto e se mobiliza num pacto pela valorização da vida. Para isso, Governo, instituições públicas e privadas, organismos não governamentais, entidades de classes, igrejas e a comunidade como um tudo, devem se unir para levar informação, conversar, apresentar alternativas e uma rede disponibilizada para os cuidados às pessoas que necessitam de assistência psicossocial, assim como precisou dona Olga.

Alguns passos já foram dados envolvendo não somente profissionais do Governo, mas representantes de várias entidades, que iniciam as atividades neste mês, como explica o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto. “Temos as diretrizes, um conjunto de ações articuladas na prevenção ao suicídio. Uma delas é capacitação dos profissionais que atuam na Rede de Urgência e Emergência, nas chamadas ao 192, do SAMU. Com essa capacitação, que envolve telefonistas e médicos, os profissionais terão acesso ao protocolo de assistência, como encaminhar o paciente que fez tentativa, além de prestar o atendimento aos familiares”. Segundo o secretário, a capacitação será realizada entre os dias 21 e 22 de setembro, devendo ser qualificados mais de 60 profissionais.

A rede pública estadual de ensino também receberá qualificação, para que professores, coordenadores e diretores estejam atentos aos comportamentos autolesivos, mudanças bruscas de comportamento, muitas vezes relacionados ao uso de álcool e outras drogas, depressão, violências, bullying. A família também dever ser envolvida no processo, com a realização de palestras e diálogos sobre a prevenção ao suicídio e valorização da vida.

Outra linha de ação é a capacitação dos profissionais que atuam nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Núcleo de Atenção à Saúde da Família (NASF), da Estratégia Saúde da Família.  Em caso de crise ou tentativa de suicídio, o paciente deve ser encaminhado a um hospital geral, uma vez que ele entra como uma urgência clínica por uso de medicação ou outro instrumento lesivo, ele vai receber primeiramente os cuidados clínicos e posteriormente os cuidados psicossociais”.

Além desses, os comunicadores de rádios, blogs e portais também receberão orientações de como noticiar casos de suicídio. “A comunicação responsável, sem sensacionalismo, mostrando onde as pessoas podem buscar ajuda, é um dos caminhos para evitar o contágio. Pois quando se mostra o método utilizado, em que circunstância o suicídio ocorreu, aquela pessoa que esteja num momento de grande vulnerabilidade, pode recorrer ao suicídio como forma de acabar com o sofrimento”, explica a diretora clínica do Hospital Areolino de Abreu, a psiquiatra Krieger Olinda.
  
Setembro Vida.

Diversas instituições, como Governo do Estado, Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Regional de Psicologia do Piauí (CRP), Centro Débora Mesquita, Grupo de Apoio Contato Esperança organizaram eventos, palestras, rodas de conversas na abordagem da prevenção e posvenção ao suicídio. São atividades que serão realizadas tanto nos centros urbanos quanto no interior do Estado.

Fonte: Governo do Estado / Graciene Nazareno, Editado.

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